Depois de inúmeras homenagens ao longo de mês de Abril comemorando os 30 anos de um dos maiores clássicos do Metal Extremo Mundial, o “Bloody Vengeance”, Zhema Rodero, líder e fundador do Vulcano também resolveu falar um pouco sobre esse álbum que foi um marco histórico da banda. Confira:
“1985, final do ano nosso primeiro álbum full length LIVE! estava sendo distribuído de mão em mão e já tínhamos umas 5 canções novas sendo executadas em nossos shows. Nós estávamos pensando no próximo álbum e planejando ele para 1986.
As músicas todas foram compostas em minha garagem e cada vez que uma delas ficava pronta, eu gravava em um gravador portátil para não esquecermos as ideias e escrevíamos a letra em um “Flip Chart” e grudávamos na parede, e foi assim nos últimos meses de 1985 e primeiros de 1986.
As músicas todas foram compostas em minha garagem e cada vez que uma delas ficava pronta, eu gravava em um gravador portátil para não esquecermos as ideias e escrevíamos a letra em um “Flip Chart” e grudávamos na parede, e foi assim nos últimos meses de 1985 e primeiros de 1986.
Naquela época Carli Cooper, a pessoa com quem escrevo as letras, morava em Campo Grande, uma cidade muito longe e trocávamos cartas pelo correio. Em uma noite escrevi para ele o seguinte: '-Cooper preciso de um tema para o novo álbum, um tema que expresse muita raiva e revolta porém a canção que eu tenho é lenta, arrastada e melancólica’. Poucos dias depois chegou uma carta com a letra 'Bloody Vengeance'. Eu gostei tanto da letra e da performance do Angel nessa música que resolvi colocar o nome do álbum de 'Bloody Vengeance'.
Começamos a pensar na capa para aquele álbum, e a ideia de uma igreja incendiada ficou como definitiva porque afinal seria a melhor maneira de agredirmos a sociedade defensora daquele regime militar e cristianismo tolo. Nós convidamos um amigo para pintar essa ideia, e ele foi até uma igreja, que é próxima aqui de minha casa, colocou o irmão dele caído no chão e fez uma foto que serviu para traçar a pintura.
Gravamos em um final de semana, em Abril de 1986 em um estúdio em São Paulo. Foram duas sessões, uma no sábado outra no domingo. Em uma noite apareceu no estúdio o Elcio Aguirra, Paulo Zinner e Catalau, músicos da banda “GOLPE de ESTADO”. Naquela noite estava também Carli Cooper, além dos membros do VULCANO banda e do Engenheiro de Som. Eu aproveitei essas pessoas para criar a faixa 'Voices from Hell'. Chamei Carli Cooper de um lado e disse: '- Precisamos de uma introdução macabra para a música 'Bloody Vengeance'', e ele puxou um texto com uma invocação por ele criada. Eu voltei ao estúdio e criei a entonação para a invocação. Coloquei todos do “GOLPE DE ESTADO” mais os caras da banda em um círculo, o Angel eu coloquei no centro do círculo e a cada dissertação do Angel, o círculo se fechava em direção a ele. Pedi ao engenheiro de som que ligasse o 'harmonizer' e fechei a porta da sala de gravação bem devagar e depois bati com força. Tudo original.
A música 'Bloody Vengeance' foi a última a ser gravada e então apagamos todas as luzes do estúdio e acendemos uma vela no canto e na penumbra. Angel cantou, de uma só vez, essa maravilhosa música.
Outro detalhe do álbum foi a precariedade técnica que tínhamos em mãos. Por não ter dinheiro suficiente, não foi possível alugar amplificadores e então eu levei um DUOVOX 100 e gravamos todas as guitarras e o baixo no mesmo amplificador. Os pratos eram todos Brasileiros de péssima qualidade! Meu baixo estava com as mesmas cordas há mais de um ano! O melhor instrumento que tínhamos era uma guitarra Astoria (Japonesa) que eu fiz uma troca com o Osvaldo Civile do V8, uma banda Argentina dos anos 80. Eles ensaiaram minha garagem quando estiveram em Santos em 85.
O álbum 'Bloody Vengeance' foi lançado no ano de 1986, ano do caos financeiro aqui no Brazil, faltava tudo! Até comida na prateleira dos supermercados e tudo tinha que ser conseguido com muito esforço. Não havia papelão para fazer as capas, demorou uma eternidade para consegui-las com ágio.
Outro detalhe do álbum foi a precariedade técnica que tínhamos em mãos. Por não ter dinheiro suficiente, não foi possível alugar amplificadores e então eu levei um DUOVOX 100 e gravamos todas as guitarras e o baixo no mesmo amplificador. Os pratos eram todos Brasileiros de péssima qualidade! Meu baixo estava com as mesmas cordas há mais de um ano! O melhor instrumento que tínhamos era uma guitarra Astoria (Japonesa) que eu fiz uma troca com o Osvaldo Civile do V8, uma banda Argentina dos anos 80. Eles ensaiaram minha garagem quando estiveram em Santos em 85.
O álbum 'Bloody Vengeance' foi lançado no ano de 1986, ano do caos financeiro aqui no Brazil, faltava tudo! Até comida na prateleira dos supermercados e tudo tinha que ser conseguido com muito esforço. Não havia papelão para fazer as capas, demorou uma eternidade para consegui-las com ágio.
Eu tinha amizade com o Toninho Pirani e frequentava a editora da revista Rock Brigade. Em uma dessa visitas começamos a conversar sobre gravações, selo, etc. O Toninho estava querendo criar o selo 'Rock Brigade Records' e eu como já tinha experiência nisso, ajudei ele e fizemos um acordo, assim o 'Bloody Vengeance' foi o primeiro álbum da 'Rock Brigade Records'. Você pode ler lá ZHLP002 e RBR001”.
Ouça o clássico “Bloody Vengeance”:
Contato para shows e assessoria: http://www.sanguefrioproducoes.com/contato
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