Khrophus formada em 1993 com a intenção de praticar o mais puro e autentico Death Metal ja lançou varias obras, entre elas três álbuns e vem destruindo em palcos por varias partes do nosso pais e pelo mundo. Confira abaixo um bate papo com o Adriano Ribeiro sobre todas essas obras e outros assuntos relacionados a banda.
1. Saudações amigos da Khrophus! A banda foi formada em 1993 e em 2017 a banda completa vinte e quatro anos de estrada. Como é manter uma banda durante tanto tempo numa cena como a nossa?
Adriano Ribeiro: O tempo parece que passa rápido, quando se olha para trás os anos vão passando e passando, e quando se dá conta já virou décadas. Pois então, banda, e ainda mais underground, é muito difícil de manter, digo, não as bandas que vivem tocando só na cidade, mas bandas como a gente que toca em tudo quanto é canto e tem que se dedicar demais para que a coisa aconteça, tem que ter foco, criar metas e objetivos e batalhar muito para alcançar isso. Tem família, trabalho, viagens, documentação, etc, e conciliar tudo isso é primordial para se continuar na estrada a tanto tempo.
2. Em 1993 o Khrophus começa e lança a primeira demo autointitulada, mais só em 1998 que a banda ficou mais conhecida na cena nacional com a segunda demo “Tribulations”. Como que foi a divulgação e distribuição dessas obras? Planejam relançá-las um dia?
Adriano Ribeiro: A 1ª demo tape foi feita somente 20 cópias, sendo que tenho 2 guardadas, quer dizer, 18 pessoas possivelmente têm essa fita K7 original em mãos, que só saiu aqui na região. Já a 2ª demo, saiu 1.200 cópias, foi para várias partes do Brasil e até para alguns países, desde aquela época eu já procurava colocar o nome da Khrophus na cena mundial, e isso aliado as nossas constantes viagens fortaleceu muito o nome da banda. Nesse momento não tenho pensado em relançá-las, mas no futuro quem sabe.
3. Cinco anos depois a banda finalmente lançou o álbum “God From The Dead Images”. Nesse período a banda fez vários shows por países próximos. Quais foram? E como que foi essa primeira experiência fora do país?
Adriano Ribeiro: Para mim, tocar em outra cidade já era o máximo, mas quando as portas começaram a se abrir, os convites começaram a surgir de vários lugares, e com o lançamento do CD, que novamente me encarreguei de mandar várias cópias para fora do país, e assim o pessoal de fora também começou a se interessar e acabamos indo tocar no Paraguai e Uruguai, e assim começou uma nova fase da banda, e tocar fora do país te dá mais ânimo ainda, são novas dificuldades, novas aventuras, caminhos mais distantes e diferentes, sem contar a língua diferente, e quando estamos lá e nos deparamos com um pessoal que veste as mesmas roupas, fala os mesmos assuntos, curte as mesmas bandas, isso nos mostra como o metal é uma família.
4. 2008 a banda lançou o EP “Symbols From Death”, e em 2009 produziram “Presages”, o segundo CD da banda. Com esses trabalhos a banda saiu para turnês na Europa e também pelo Brasil. Como foi fazer os shows na no velho mundo e aqui no nosso país? Quais as diferenças entre ambas as turnês? Quais shows foram mais prazerosos e/ou especiais?
Adriano Ribeiro: Sabe aquela coisa que você tenta fazer e todo diz que é impossível, que não vai conseguir e tal, pois então, eu ouvi isso muitas e muitas vezes, mas eu batalhei muito, corri atrás das oportunidades, mesmo que as vezes batia na trave, mas eu tinha foco, e sabia que um dia eu conseguiria o algo a mais que sempre fui atrás, e quando pisei no solo da Alemanha vi que uma parte do meu sonho estava se realizando, e de lá para cá já fizemos 3 turnês pela Europa e outras 3 pela América do sul. Ao todo, visitaremos mês que vem o nosso 15º país, o que não deixa de ser incrível para uma banda underground de Santa Catarina. Mas depois que se alcança algo, o interessante não é parar, e sim seguir adiante e foi o que fizemos, estamos até hoje na estrada procurando mais espaço, se dedicando ainda mesmo com anos e anos nessa caminhada, e isso eu acho que é um dos diferencias, estar sempre focado e batalhando. As turnês no Brasil foram magistrais também, ao todo já tocamos em 10 estados no país, e como esse nosso país é gigante, é um imenso continente. O bom de tudo isso é que fazemos imensas amizades, conhecemos pessoas de diversas partes do mundo que provavelmente nunca veríamos na vida. `um aprendizado sem igual.
5. Em 2013 a banda lançou “Eyes of Madness” que é o último e terceiro álbum da carreira. Que tenho aqui em mão e posso dizer que é uma puta obra do real Death Metal. Como foi a gravação dele e como que tem sido a distribuição?
Adriano Ribeiro: O CD anterior “Presages” abriu o caminho, mas o “Eyes of Madness” digamos que foi o que alavancou tudo o que vivemos, nos levou a lugares mais e mais distantes, e chamou muito a atenção das pessoas. Me orgulho muito pois foi muito trabalhoso gravá-lo, e difícil, pois teve horas que íamos gravar de madrugada, outras horas ficávamos sem almoçar pois nem tínhamos dinheiro para isso, foi algo feito com coração e alma e muita garra, e visceralmente nos proporcionou mais do que esperávamos. Ele foi gravado em Florianópolis/SC, no AML estúdio do nosso amigo e produtor Alexei Leão, e ele nos ajudou muito a chegar a sonoridade que queríamos. Uma coisa engraçada que ouço das pessoas é que dizem que dá até para ouvir bem o baixo num CD de Death Metal (risos).
6. O álbum é composto apenas por dez músicas. Como foi feita a escolha delas e por acaso ficou outras de fora? Porque?
Adriano Ribeiro: Meu método de composição é meio louco e arcaico, eu ainda uso papel e caneta para ir anotando as notas (risos). Mas 10 músicas é muita coisa, no nosso caso mesmo têm muitas notas embaralhadas aí, mas nós criamos a música e vamos acertando os detalhes até ficar como queremos, e por isso não fazemos mais músicas do que necessário, mas assim, acabamos deixando muito riffs para trás, além daqueles me vem na cabeça na hora e não anoto, mas assim vamos encontrando nosso melhor, e isso é o que passamos para o público.
7. Alguma ligação das letras com a arte de capa? Como que surgiu a ideia desta arte e sobre que temas as letras falam?
Adriano Ribeiro: Eu componho as letras também, e sempre falo em forma de história, com diversos sentidos, e mesclo assuntos de Política, religião, sociedade. Já a arte da capa, feita pelo Alex Pazetto, nosso ex-baixista, é uma arte abstrata, e cada pessoa encontra um significado que pode até chamar de seu, pois não queríamos ali representar um único ponto, mas de uma maneira feral conectar vários, e essa liberdade de interpretação e bem interessante.
8. Como tem sido os shows da turnê “Spreading The Madness Tour 2017”?
Adriano Ribeiro: Eu, particularmente, sou supeito para falar disso, pois amo tocar, adoro viajar, conhecer novos lugares, e essa ampla turnê tem nos proporcionado isso, e poder chegar num país diferente, conhecer culturas e línguas diferentes e incrível, e mais ainda quando estamos ali, em boa parte sendo headliners, isto é as pessoas estão inda para ouvir nossa música e fazer parte da nossa família, família metal.
9. A banda gravou seu primeiro álbum em 2003, o segundo em 2009, o terceiro em 2013 e o quarto deve sair em 2018. Porque levam tanto tempo pra lançarem os álbuns? Quais as causas para se levar anos entre o lançamento dos álbum?
Adriano Ribeiro: Então, primeiramente por que somos uma banda underground, não vivemos dela, todos temos trabalhos como qualquer pessoa, e temos famílias, e também porque somos uma banda de estrada, estamos sempre tocando e o tempo que temos livre acabamos diluindo em viagens. Mas nós temos até certo ponto, uma obrigação de levar a turnê do CD para aqueles amigos que fizemos na estrada, então cada CD vem acompanhado de uma turnê que dependendo da demanda pode durar anos. Mas essa é a nossa forma de trabalhar, nos dedicamos ao máximo no tempo disponível que temos. E no final, acabamos fazendo uma camiseta da turnê, onde constam todas as datas, locais e países por onde tocamos.
10. Pra fechar além do quarto álbum, quais são os próximos passos? Obrigado!
Adriano Ribeiro: Ainda temos muitos planos, clips, EP, o 4º CD, novas turnês e tentar conquistar mais espaço. Mas fazemos as coisas com planejamento e no seu devido tempo.
Agradecemos imensamente a oportunidade de participar no ODICELAF e todo apoio que temos recebido por todas as pessoas, aos nossos amigos e fãs de longa data e ao Patrick da Sangue Frio Produções que está sempre nos divulgando por toda a parte. Um abraço.
Leia a resenha doCD da Khrophus – Eyes of Madness
LINE UP
Adriano Ribeiro - Guitarra
Hugo Deigman - Baixo e vocal
Carlos Fernandes - Bateria
CONTATOS - E-Mail: Khrophus@hotmail.com - khrophus@khrophus.com
OBS: BANDAS INTERESSADAS EM SEREM ENTREVISTADAS ENVIAR MATERIAL FÍSICO (CD, DEMO, RELEASE E ETC) PARA: ADAUTO DANTAS - AVENIDA ACM, 42 - CICERO DANTAS/BA - 48410-000. NÃO ACEITO MATERIAL DIGITAL OU ENVIADOS POR E-MAIL E OS QUE JÁ MANDARAM AGUARDEM ENTREVISTA.
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